terça-feira, 28 de abril de 2009

Sociologia...Alienação

O trabalho alienado
Segundo Karl Marx, quanto mais o operário produz, menos ele custa para a economia e conseqüentemente mais ele se desvaloriza, chegando ao ponto de se tornar uma mercadoria do capitalismo; este visaaria somente o lucro e geraria a “sede de riquezas e a guerra entre cobiças, a concorrência”. Quanto mais o operário produzir, mais ele esta valorizando o mundo das coisas e desvalorizando o mundo dos homens, tornando-se tanto mais pobre quanto mais riquezas ele produzir. O operário recebe primeiro o trabalho, e depois o meio de subsistência, sendo em primeiro lugar operário e depois pessoa física,tornando-o assim escravo de seu próprio trabalho. “A Economia Política esconde a alienação na essência do trabalho porque ela não considera a relação direta entre o operário (trabalho) e a produção. É certo que o trabalho produz maravilhas para os ricos e a privação para o operário”. O trabalho transforma o operário numa máquina que não consegue afirmar-se e não se sente à vontade, um infeliz. O operário não desempenha uma atividade física e intelectual livre, mas mortifica seu corpo e arruína seu espírito.O caráter hostil do trabalho manifesta-se nitidamente no fato de que senão houver coação física ou qualquer uma outra, o operário foge do trabalho como uma peste. O homem não se sente mais livremente ativo senão em suas funções animais, transformando-se bestial. Sua vida perde o sentido, pois o homem passa a fazer de sua própria vida simplesmente um meio de subsistência, invertendo com isso a relação que teria com o trabalho, desta forma o trabalho alienado termina por alienar do homem seu próprio gênero. Marx chega a seguinte conclusão: se o produto do trabalho é alienado do trabalhador, por ser algo exterior a ele, a ponto de não lhe pertencer, deve ser então propriedade de outro, que não é evidentemente quem o produziu, nem os deuses e muito menos a natureza, como pensavam os antigos, então logicamente deve ser outro homem que tomou dele aquilo que deveria lhe pertencer. Com isto estão fundadas as bases para a exploração de um homem por outro. O excedente do trabalho alienado termina por dar início ao acúmulo de riquezas e conseqüentemente, o surgimento da propriedade privada. Marx diz haver uma identidade entre a propriedade privada e o salário, e nem mesmo a sugestão de Phoudhon da criação de um salário igual para todos resolveria o problema da alienação no trabalho, simplesmente universalizaria a relação do homem com o trabalho, mantendo o salário e a propriedade privada como conseqüências do trabalho alienado.

ALIENAÇÃO NO CONSUMO E NO LAZER CONSUMO
Ato humano no qual o homem procura atender às suas necessidades orgânicas, culturais e estéticas, através do uso de uma infinidade de produtos e objetos que se dispõem e que se fazem dispor
CONSUMO NÃO-ALIENADO
Características:
1. O indivíduo mantém a possibilidade de escolha autônoma, não só para estabelecer suas preferencias como para optar por consumir ou não, mesmo diante de influencias externas.
2. Consumo consciente para satisfazer a uma necessidade básica de momento. O consumo consciente nunca é um fim em si, mas sempre um meio para se conseguir ou se obter alguma coisa.
3. Necessidade: O valor que eventualmente damos a determinado produto ou objeto, varia na razão direta da nossa necessidade.
CONSUMO ALIENADO
Num mundo em que predomina a produção alienada, também o consumo tende a ser alienado. A produção em massa tem por objetivo o consumo de massa. O problema da sociedade de consumo é que as necessidades são artificialmente estimuladas, sobretudo pelos meios de comunicação de massa, levando os indivíduos a consumirem alienadamente. As formas de organização do trabalho reduz as possibilidades de o empregado encontrar satisfação na maior parte de sua vida, enquanto se obriga a tarefas desinteressantes.
Daí a importância que assume para ele a necessidade de se dar prazer pela posse de bens. Os centros de compras se transformaram em "Catedrais do Consumo", verdadeiros templos cujo apelo ao novo torna tudo descartável e rapidamente obsoleto. Vendem coisas, serviços, idéias; enfim, tudo O estímulo artificial das necessidades provoca verdadeiras aberrações de consumo. A obsolescência dos objetos rapidamente postos "fora de moda" exerce uma tirania invisível, obrigando as pessoas a estarem sempre em busca do novo, porque o objeto anterior tornou-se antiquado ou porque uma nova engenhoca tornou-se "indispensável".
Como o consumo alienado NÃO é um meio, mas um fim em si, tornou-se um poço sem fundos, desejo nunca satisfeito, um sempre querer mais. A ânsia de consumo perde todas as relações com as necessidades reais do homem, fazem com que as pessoas gastem sempre mais do que têm. O próprio comércio facilita tudo isso, com as prestações, cartões de crédito, cheque pré-datado, ofertas de ocasião, etc. Entretanto as pessoas não se revoltam com esse processo, por não se conscientizarem. Há mecanismos na própria sociedade que impedem a tomada de consciência: As pessoas têm a ilusão de que vivem numa sociedade de mobilidade social e que, pelo empenho no trabalho, pelo estudo, há possibilidade de mudança, e se não progridem é porque não tiveram sorte ou competência. O torvelinho ( grande agitação ) produção-consumo em que está mergulhado o homem contemporâneo, impede-o de ver com clareza a própria exploração e a perda de liberdade. Ao deixar de ser o centro de si mesmo, o homem perde a dimensão da constatação, da crítica, da filosofia...
ALIENAÇÃO NO LAZER
O lazer é uma criação da civilização industrial e aparece como um fenômeno de massa com características especiais que nunca existiram antes do século XX. Antes o lazer era privilégio dos nobres que, nas caçadas, festas, bailes e jogos intensificavam suas atividades predominantemente ociosas. Mais tarde, os burgueses enriquecidos também podiam se dar ao luxo de aproveitar o tempo livre. Os artesãos e camponeses que viviam antes da Revolução Industrial seguiam o ritmo da natureza: Trabalhavam desde o clarear do dia e paravam ao cair da noite. Entretanto havia "dias sem trabalho", que ofereciam possibilidade de repouso, embora não muito, pois geralmente os feriados previstos eram impostos pela igreja e havia a exigência de práticas religiosas e rituais obrigatórios.
Apartir de 1850, foi estabelecido o descanso semanal; em 1919, foi votada a Lei das Oito Horas; e em 1930, outras conquistas, como o descanso remunerado, férias. No Brasil, a legislação trabalhista demorou mais. Apenas na década de 30, no governo paulista de Getúlio Vargas, os trabalhadores conquistaram a regulamentação das oito horas diárias de trabalho e outros benefícios.
O QUE É LAZER?
É o tempo que sobra após a realização das funções que exigem uma obrigatoriedade, que ocupam o chamado tempo liberado. Ou o conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se, entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais.
FUNÇÕES SOLIDÁRIAS NO LAZER:
Visa o descanso, portanto libera da fadiga;
Visa o divertimento, a recreação compensando o esforço que desprendemos no trabalho. O lazer oferece: a mudança de ambiente, lugar, ritmo em viagem, jogos, esportes...
Visa participação social mais livre e com isso promove o nosso desenvolvimento. O homem empenha-se em algo que lhe dá prazer e o modifica como pessoa.
O LAZER ALIENADO
No mundo em que a produção e o consumo são alienados, é difícil evitar que o lazer também não seja. As pessoas que trabalham mecanicamente ou na linha de montagem, tem o tempo livre ameaçado pela fadiga, mais psíquica do que física, tornando-se incapazes de se divertirem. As propagandas da bem montada "Indústria do Lazer" orientam as escolhas e os modismos, manipulam os gostos determinando os programas: Boliche, patinação, filmes. As cidades não têm infra-estrutura para garantir aos mais pobres a ocupação do seu tempo livre: Lugar onde ouvir música, praças para passeios, várzeas para jogos de futebol, etc. Isso torna muito reduzida a possibilidade do LAZER ATIVO, não alienado. O LAZER ATIVO se caracteriza pela participação integral do homem, como ser capaz de escolher e criticar. O lazer ativo permite a reformulação da experiência. Já no lazer passivo o homem não reorganiza a informação recebida ou a ação executada, de modo que elas nada lhe acrescentam de novo, ao contrário, reforçam os componentes mecanizados
INDÚSTRIA CULTURAL, CULTURA INDUSTRIAL
Antes de estabelecermos o que vem a ser a Indústria Cultural, em primeiro lugar é preciso perguntar: "A Indústria Cultural é boa ou má para o homem, é adequada ou não ao desenvolvimento das potencialidades e projetos humanos?" A Indústria Cultural resulta, sem dúvida, de um sistema de condicionamentos caracterizado pela vontade de, simplesmente, dividir o mundo entre duas entidades supostamente opostas, o bem e o mal. Esta não é marginalizada, pois é demasiadamente forte e está sempre presente. Também tem como característica marcante seu aspecto ético.
INDÚSTRIA CULTURAL, MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA, CULTURA DE MASSA
Um dos problemas propostos pela Indústria Cultural é a sua relação com os chamados "Meios de Comunicação de Massa" e "Cultura de Massa". Apesar de se parecerem, os três não são sinônimos. O fato de existir os meios de comunicação não é suficiente para se caracterizar uma Cultura de Massa. No século XV, com a invenção dos tipos móveis de imprensa, embora estes pudessem ser reproduzidos ilimitadamente, seu consumo era baixo e restrito a uma elite de letrados. O surgimento da Cultura de Massa se situa na segunda metade do século XIX europeu e se deu através dos primeiros jornais, romance de folhetim (um tipo de novela de TV, atualmente) , o teatro de revista , a opereta ( idem em relação à ópera ), o cartaz ( massificação da pintura )...
A Indústria Cultural surge como fenômeno da industrialização na sociedade Capitalista Liberal, e a Cultura de Massa é sua conseqüência principal. Com isso o uso crescente da máquina, a submissão do ritmo humano de trabalho ao ritmo da máquina, a divisão do trabalho e a exploração do trabalhador passam a ser traços marcantes da sociedade Capitalista Liberal. Dois destes traços devem ser melhor analisados: a reificação (ou transformação em coisa: a coisificação) e a alienação. Nesta sociedade o padrão maior (ou único) de avaliação tende a ser a coisa, o bem, o produto, a propriedade; tudo é julgado como coisa, portanto tudo se transforma em coisa, até mesmo o homem. E este homem coisificado é literalmente um homem alienado, não tendo "tempo" para questionar o que consome. Resumindo, o quadro caracterizador da Indústria Cultural é Revolução Industrial, Capitalismo Liberal, economia de mercado, sociedade de consumo. Apartir daí surge uma Cultura de Massa e a penetração dos meios de comunicação se torna praticamente irrefreável. O momento de instalação definitivo da Cultura de Massa foi no século XX, quando o capitalismo, anteriormente liberal, passa a ser Capitalismo de Organização (ou Monopolista). Este novo modo capitalista criou condições para a instalação de uma efetiva sociedade de consumo fundamentada, em ampla escala, por veículos de comunicação como a TV.
CULTURA SUPERIOR, CULTURA MÉDIA E CULTURA DE MASSA
Esta subdivisão de Cultura foi proposta por Dwight MacDonald: Cultura Superior ( indivíduo culto ) Cultura Média, também designada pela expressão midcult ("novo-culto" ou "novo-rico") Cultura de Massa, também designada pela expressão masscult ( indivíduo pouco, ou não-culto)
CULTURA SUPERIOR São produtos consagrados (canonizados) pela crítica erudita. Pinturas do Renascimento, composições de Beethoven, os romances "difíceis" de Proust e Joyce, a arquitetura de Frank Lloyd Wright e demais congêneres são exemplo desta cultura. Cultura Média É a maior parte dos produtos que oferecem alguma absorção de cultura. Músicas de Mozart executadas em ritmo de discoteca, romances de Zé Mauro de Vasconcelos, com sua linguagem artificiosa e cheia de alegorias fáceis, etc. constituem esta cultura. Cultura de Massa Geralmente a cultura fornecida pelos meios de comunicação de massa vem comparada à fornecida pela literatura ou pelo grande teatro, quando é correto a relacionarmos aos outros grandes meios de comunicação de massa: moda, costumes alimentares, gestualidade, etc. interligação das Culturas Esta separação feita por Dwight MacDonald não existe na realidade, pois os produtos oferecidos por cada um dos tipos de cultura não é exclusividade dela. Podemos citar vários exemplos disso, como uma audição de Beethoven num Teatro Municipal aberto ao grande público (suposto consumidor de masscult ); um sociólogo ou um grande escritor pode Ter sua parte de satisfação com a "Jornada nas Estrelas" da TV ou com um filme qualquer de catástrofe, típicos de masscult. Para Mac Donald ou Cultura de Massa e Indústria Cultural, são responsáveis por produtos de pouco ou nenhum valor cultural e afirma também que a Indústria Cultural e a midcult exploram propostas da Cultura Superior, fazendo com que o público acredite estar consumindo produtos de grande valor cultural. A masscult embora uma cultura "banal" teria força, motivação histórica profunda, capacidade de quebrar barreiras de classes sociais e culturais de colocar bases de uma instável, precária e discutível, mas democrática comunidade cultural desinteressada de participar da Cultura Superior, podendo vir a produzir sua forma de Cultura Superior. Dentro deste contexto a midcult. Surge como filha bastarda ou subproduto da Cultura de Massa.
CULTURA POPULAR E CULTURA POP
Sabe-se que a cultura popular é uma das fontes de uma Cultura nacional. A Cultura Popular e a Cultura Pop mantém uma relação de subordinação e exclusão quando deveriam estabelecer uma relação de complementação. A denominação Cultura Pop é uma pejorativa da cultura de massa. A Cultura Popular se exterioriza através dos valores tradicionais de um povo, expressos na forma artística, como danças e objetos ou nas crendices e costumes gerais, entendida também como manifestações folclóricas. É também marcada pela tendência para o não questionamento(senso comum), não questiona sequer a si mesma. A Cultura Pop é formalmente parecida com as formas culturais clássicas (filmes p/TV, best-sellers) e também a moda e a gestualidade. Os veículos de Cultura Pop são os da Indústria Cultural. Funções da Cultura de Massa - Narcotizante negativo: uma forma de ênfase ao divertimento, fornecendo uma fuga da realidade. - Promover o conformismo social: a Indústria Cultural passa a fabricar produtos ao máximo simplificados para obter uma atitude sempre passiva do consumidor, promovendo, com isso, a deturpação e a degradação do gosto popular. Segundo a dialética de Engels o acúmulo de informação acaba influenciando a qualidade.
ALIENAÇÃO E REVELAÇÃO NA INDÚSTRIA CULTURAL
A alienação na Indústria Cultural acontece quando o indivíduo é influenciado a não meditar sobre si mesmo e sobre a totalidade do meio social em que está inserido, tornando-se num indivíduo facilmente manipulável e, por fim, em simples produto alimentador do sistema que o envolve. A Indústria Cultural tem como característica ser o 1º processo democratizador da cultura, quando a coloca ao alcance da massa sendo, portanto um instrumento privilegiado no combate à essa mesma alienação. O prazer se torna um dos principais alvos de alguns, tentando combater os processos de alienação. Acredita-se que a busca ou a admissão ao prazer seja um comportamento grosseiro, comunista e início da adesão aos princípios de uma ideologia burguesa, reacionária. Procuram então combater o prazer de todas as formas, pois da cultura "inferior" exige-se seriedade. "O prazer é, sempre, uma forma do saber".
INDÚSTRIA CULTURAL NO BRASIL
Uma considerada parte dessa indústria não está colocada diretamente na mão dos estrangeiros; e outra parte não está nem mesmo associada a capitais estrangeiros ( embora uma e outra sofram a influência desse capital, como toda a economia brasileira ) embora umas e outras acabem, de algum modo, ligadas aos interesses desses capitais. Um dos traços específicos da Indústria Cultural no Brasil é o relativo à homogeneização, ou seja, formar uma cultura homogênea materializada numa cultura de massa, de onde estão ausentes aos traços diferenciadores da Cultura Superior e da Cultura Popular. A heterogeneidade da Indústria Cultural no Brasil explica outro traço específico seu, que é a permanência do grotesco. A Cultura Popular, tanto no Brasil quanto nos países de primeiro mundo, é freqüentemente tecida sobre o grotesco, o chulo, o "cafegéstico". Como o grotesco está presente por toda parte em nossa Indústria Cultural, deve-se concluir que toda a força desta indústria e da cultura por ela imposta não foi suficiente para esmagar, como a teoria permitida prever, um traço estrutural da cultura brasileira – seja o que esta for. Um traço marcante na existência de um conflito propriamente dito, entre a cultura Superior e a Cultura de Massa. Como diz Melanesi, a etapa da cultura letrada superior, foi queimada, surge assim uma cultura de massa heterogênea e firmada em ampla medida na estilização de formas e conteúdos da Cultura Popular. Diz que a Indústria Cultural Brasileira é, basicamente, a indústria do divertimento e não da reflexão sobre o que acontece na vida cotidiana, mas, deve-se observar que a cultura no Brasil não está tão distante assim dos temas do dia-a-dia e que ela se apresenta mesmo, como instrumento de combate contra aquela parte dela mesmo voltada para a cultura estrangeira.

ALIENAÇÃO
Eu consumo, tu consomes, ele consome...
A educação deve ser um caminho para experiências de vida mais ricas, plenas e significativas. Os humanos devem compreender os modos de pensar e julgar. Mas não é esse o objetivo da sociedade consumista em que estamos imersos. Quem estuda chega a ser estigmatizado. Karl Marx, o pensador alemão, afirmou certa vez que o capitalista tem um peculiar toque de Midas: tudo o que ele toca, transforma-se em mercadoria.Falando em uma solenidade cívica de Cuba, Fidel Castro arriscou: ”Talvez, de todos os males criados pelo capitalismo desenvolvido, nenhum seja tão funesto como os padrões de vida e hábitos consumistas, tão irreais como inalcançáveis, que a publicidade comercial inculca todos os dias do ano e todas as horas do dia à população mundial, ao custo de um bilhão de dólares a cada ano. Investida a metade em criar valores e educar racionalmente aos povos, transformaria a face do planeta. Não se educa aos seres humanos em um padrão de consumo e distribuição realista que inclua a infinita riqueza cultural e espiritual que, junto à alimentação, à habitação e a outros bens materiais essenciais, efetivamente podem estar ao alcance do homem sem destruir a natureza. É feito exatamente o contrário, e isto constitui uma enorme tragédia”. Alienação é criticar o consumismo da sociedade sem parar de consumir. É não se incluir nas próprias críticas, é excluir-se do sistema, é achar que a culpa é da sociedade, dos meios de comunicação, ou do capitalismo e nunca achar que a culpa é nossa também. Nós somos responsáveis por tudo isso, não somos apenas vítimas disso. Ninguém escapa, somos todos alienados. Na verdade, podemos dizer que o consumismo produz alienação e vice-versa. Mais do que alienado do próprio desejo, o atual escravo do consumo corre o risco de mais adiante estar alienado da própria vida. Estamos criando consumistas e não cidadãos, já que hoje quem não tem o poder de compra é um excluído dessa sociedade. Esse é o ato de medir as pessoas pelo que elas têm e não pelo que são.O consumismo provoca a destruição do meio ambiente e traz efeitos para a qualidade de vida. No consumismo aparência conta mais do que a essência; se valorizam mais os valores da estética do que da ética.Ter mais não significa ser mais feliz e gozar de maior qualidade de vida. O consumismo afeta de maneira negativa todos os cidadãos do mundo, a sociedade ainda não se deu conta que o consumismo tem diminuído a qualidade de vida das pessoas. As leis do mercado nos impingem um consumismo desenfreado que compromete a qualidade de vida.Consumo responsável é adquirir algo que seja feito de forma ética. Geralmente, sem agredir ou explorar seres humanos, animais ou ao meio ambiente. Para se ter um consumo ético é necessário comprar favorecendo produtos eticamente corretos, e pensando primeiramente no bem comum e não no interesse próprio. Não há decisões sobre compras que não impliquem em uma decisão moral, em que a comercialização não tenha vínculos com uma natureza moral.Frear o consumismo exagerado por saber que a saúde de nosso planeta é o preço pago pelo uso desmedido de energia e recursos naturais é sinal de auto-ética.Podemos chamar de consumismo a expansão da cultura do “ter” em detrimento da cultura do “ser”.

Alienação: Alienação se refere á diminuição da capacidade dos indivíduos em pensar em agir por si próprio.